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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Um Bom Conselho

Vida de um bilionário...

Houve uma entrevista de uma hora, na CNBC, com Warren Buffet, um dos homens mais ricos do mundo, que recentemente fez uma doação de 31 bilhões de dólares para a caridade.
A seguir, alguns aspectos interessantes de sua vida.


1. Comprou a sua primeira ação aos 11 anos, e hoje lamenta tê-lo feito tardiamente! As coisas eram baratas naquele tempo...
Incentive seus filhos a investirem.

2. Comprou uma pequena fazenda aos 14 anos, com as economias oriundas da entrega de jornais. Pode-se comprar muitas coisas com pequenas economias.
Incentive seus filhos a iniciarem algum tipo de negócio.

3. Ainda vive na mesma casa modesta, de 3 quartos , no distrito de Omaha, a qual comprou após se casar, 50 anos atrás. Diz ele que tem tudo o que precisa naquela casa. Sua casa não possui muros nem cercas.
Não compre mais do que você 'realmente precisa', e incentive seus filhos a fazerem e pensarem o mesmo.

4. Dirige seu próprio carro para todo lugar, e não tem motorista particular, nem equipe de segurança à sua volta.
Você é o que é...

5. Nunca viaja em jato particular, embora seja proprietário da maior companhia aérea privada do mundo.
Pense sempre num jeito de realizar as coisas de maneira econômica.

6. Sua empresa, Berkshire Hathaway, possui 63 companhias. Escreve apenas uma carta anual aos principais executivos destas companhias, dando-lhe as metas para o ano. Nunca promove encontros nem os convoca habitualmente.
Nomeie as pessoas certas para as missões certas.

7. Transmitiu aos seus executivos somente duas regras:
Regra nº 1: não perca nenhum centavo do dinheiro de seu acionista.
Regra nº 2: não se esqueça da regra nº 1.
Estabeleça metas e certifique-se de que as pessoas nelas se concentrem.

8. Não costuma freqüentar a alta-sociedade. Seu passatempo, após chegar em casa, é fazer ele mesmo um pouco de pipoca e assistir a televisão.
Não tente se mostrar, simplesmente seja você mesmo e faça aquilo que gosta de fazer.

9. Warren Buffet não usa telefone celular, nem tem computador sobre sua mesa.

10. Bill Gates, o homem mais rico do mundo, encontrou-se com ele, da primeira vez, cinco anos atrás. Bill Gates achava que nada tinha em comum com Warren Buffet. Portanto, programara seu encontro apenas por meia hora. No entanto, quando Gates o encontrou, este encontro perdurou por dez horas, e hoje em dia, Bill Gates o considera o seu guru.


Seus conselhos aos jovens:

'Fique longe de cartões de crédito e empréstimos bancários, invista o seu dinheiro em você mesmo, e lembre-se:

A. O dinheiro não cria o homem, mas é o homem quem criou o dinheiro.

B. Viva a sua vida da maneira mais simples possível.

C. Não faça o que os outros dizem - ouça-os, mas faça aquilo que você se sente bem ao fazer.

D. Não se apegue às grifes famosas; use apenas aquelas coisas em que você se sinta confortável.

E. Não desperdice o seu dinheiro em coisas desnecessárias; ao invés disto, gaste nas coisas que realmente precisa.

F. Afinal de contas, a vida é sua ! Então, por que permitir que os outros estabeleçam leis em sua vida ?'


'As pessoas MAIS FELIZES NÃO TEM, necessariamente, as 'MELHORES' COISAS. Elas simplesmente APRECIAM aquilo que tem

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

TREINO PARA O SUCESSO

Amplamente difundido nos Estados Unidos, o coaching ganha corpo entre os executivos brasileiros que passaram a desenvolver a carreira com novos olhos, reorientando caminhos e enxergando novas possibilidades com base em riscos calculados

TEXTO ANDRÉ LIMA


SE VOCÊ AINDA NÃO PAROU PARA PENSAR a quantas anda a sua vida profissional nem se decidiu a fazer algo mais efetivo em favor dela, é bom começar a refletir seriamente sobre o assunto. Executivo que preza a carreira hoje em dia não dispensa um bom aconselhamento - seja para rever e otimizar a performance no trabalho, melhorar o relacionamento interpessoal ou alçar novos vôos.

Nesse processo, a idéia é sair de uma determinada situação (o que se é) para uma posição mais interessante (o que se quer ser ou o que a empresa projeta para você). Esse processo de deslocamento na profissão é conhecido como coaching e está em alta no mundo corporativo, sobretudo no Brasil.

Em tempos de globalização e concorrência acirrada, o coaching assumiu diversos formatos voltados para a reorientação profissional. Há o coaching executivo, de negócios ou empresarial, de transição de carreira, de equipe, apreciação, pessoal e, por último, dirigido a jovens (veja boxe na próxima página). Em comum, apenas o fato de ser uma tendência que cresce no Brasil, mas que precisa ser diferenciada de outras atividades - como consultoria de recolocação, headhunter e mentoring.

O QUE É ISSO?
Segundo Rosa Krausz, presidente da Associação Brasileira de Coaching Executivo e Empresarial (Abracem), o coach é o profissional que estimula alguém (no caso, o coachee ou cliente) a encontrar alternativas que o levem aos resultados que deseja alcançar. "Seu papel é ser parceiro na busca da expansão da consciência, tanto profissional como pessoal", fala. Trocando em miúdos, ele estabelece uma parceria.

Há dez anos, um executivo que contratava um coach era visto com maus olhos. Hoje, se não admite esse profissional nem sempre consegue dar o upgrade de que necessita na carreira", observa o coach João Luiz Mendonça Cortez.

Cortez explica que o trabalho consiste em estimular o potencial do cliente para que ele atinja os objetivos previamente traçados. Exatamente como ocorre com uma atividade esportiva, em que temos as figuras do técnico e do atleta. Além do mercado, o profissional muitas vezes têm que vencer adversários internos, ou seja, seus próprios fantasmas.

É justamente aí que o coach pode ser valioso. "O processo de coaching ilumina pontos cegos que normalmente a pessoa não percebe. É como uma lanterna num quarto escuro", compara. Tudo porque o trabalho consiste, em grande parte, em fazer perguntas ao cliente. Ao contrário da consultoria, cuja função é dar respostas, o coaching não aponta caminhos, mas estimula o executivo a descobrir suas próprias saídas.

"O consultor não aponta caminhos, mas estimula o executivo a descobrir suas próprias saídas. Ele é como uma luz no fim do túnel"

Por exemplo: a quem não se imagina gerenciando uma nova área na empresa, o coach pode perguntar: "você já viveu alguma situação semelhante?". É com base em questionamentos como esse, associados a exercícios práticos no dia-a-dia do trabalho, que o profissional reflete sobre sua carreira e consegue enxergar luz no fim do túnel.

"O coaching pode ajudar o profissional a encontrar novos caminhos na empresa, em outra companhia ou até como empreendedor"

ESCOLHA O SEU COACH
Não há regras para saber se um coach é realmente bom. Para facilitar a vida, os especialistas sugerem que se lance mão do networking, pois boas indicações geralmente não falham. Outra opção é consultar a lista de profissionais no site da Abracem (www.abracem. org.br). Aqui, você aprende a diferenciar os principais tipos para então escolher o mais adequado às suas necessidades.

COACHING EXECUTIVO
- é para quem tem experiência profissional e está se preparando para novos desafios. Também é o mais procurado pelos gestores de RH, que precisam acompanhar o desenvolvimento de profissionais que já passaram por um processo de coaching. Pode ser contratado por iniciativa do executivo ou pela empresa para desenvolver habilidades gerenciais na equipe.

DE NEGÓCIOS OU EMPRESARIAL
- orienta empreendedores, empresários e gestores para encontrar soluções que melhorem a gestão dos negócios. É recomendado para os que desejam iniciar seu próprio negócio ou fazer investimentos.

DE TRANSIÇÃO DE CARREIRA
- trabalha aspectos relacionados à carreira, como mudança de profissão, de empresa, de cargo ou de área. É procurado por profissionais que estejam buscando novos desafios dentro ou fora da sua organização.

NÃO CONFUNDA Existem outras atividades que, embora diferentes, por vezes são confundidas no mercado com coaching. Saiba diferenciá-las:

HEADHUNTER
- é o caçador de talentos, profissional contratado pelas companhias para descobrir executivos no mercado para posições em aberto.


CONSULTORIA DE RECOLOCAÇÃO
- tem a função de recolocar o profissional no mercado.


MENTORING
- é realizado dentro da empresa por profissionais mais maduros, que orientam colaboradores mais jovens ou recémadmitidos na corporação. Em geral, o mentoring é uma espécie de guru - um mentor ou mestre que tem uma visão interna bem ampla da empresa.


RELAÇÃO CONFIÁVEL
Nessa relação, a confidencialidade é requisito indispensável. Muitas vezes, o consultor terá que fazer o desagradável papel de inquisidor. "Deve conversar com o coachee para entender a meta que ele almeja e aí fazê-lo perceber novas possibilidades até então desconsideradas", diz Cortez.

"Numa sessão de coaching você não discute o déficit de uma pessoa, mas conversa sobre os momentos de sucesso dela para aplicar os pontos fortes na fase atual", confirma Renato Ricci, coach executivo e de transição de carreira.

Esse foi o caso de uma executiva, excliente de Ricci, que mudou de área, assumindo um desafio inesperado. Depois de trabalhar mais de 20 anos na Varig, ela desejava assumir uma nova função em outra companhia aérea. O coaching, entretanto, acenou com a possibilidade de seguir vôo solo. Bastaram quatro semanas de imersão para ela decidir abrir uma empresa de atendimento a outras companhias aéreas, focada no treinamento de comandantes na área de gestão de pessoas.

Com Dezeé Mineiro, presidente para a América Latina da DQS - Associação Alemã para Certificação de Sistema de Gestão -, o processo foi um pouco diferente. E ela otimizou sua performance como líder. "Precisava aprender a lidar melhor com alguns colaboradores e dar o feedback para ajudar a transformar essas pessoas", diz a executiva, que tem sob o seu comando 80 funcionários e desejava incrementar o relacionamento interpessoal com dois deles.

"Para minha surpresa, o resultado foi muito positivo. Melhorei muito em outros pontos, além do feedback. Aprendi a ouvir as pessoas e a trabalhar mais com o planejamento. Hoje, vejo o desafio como um meio de desenvolver o meu trabalho."

Dezée se identificou tanto com o processo que deu continuidade às sessões semanais, iniciadas em 2006. Hoje, já se vê como uma espécie de multiplicadora na empresa.

COMO SE TORNAR UM...
De acordo com os especialistas da área, em geral trabalham como coach profissionais que ocupam posições gerenciais na área de Recursos Humanos ou que já estiveram à frente da diretoria de multinacionais, mas agora seguem carreira solo. Segundo o International Coaching Community (ICC), o número de coaches no mundo já beira os 12 mil. Para se formar em coaching é necessário fazer um curso, devidamente regulamentado por associações específicas como a International Coaching Federation e a Worldwide Association of Business Coaches (WABC). Na WABC, a formação tem120 horas e duração média de nove meses. No processo de avaliação, também contam pontos a experiência profissional e a formação acadêmica do candidato. Tanto que nos encontros de formação de coaching é comum os aprendizes contribuírem com conteúdos trazidos de suas experiências profissionais, enriquecendo o debate e ajudando a melhorar a capacidade de reflexão. "Ser um coach exige responsabilidade, ética, equilíbrio interno e respeito ao cliente", observa Krausz. "Existem ofertas de cursos com 20 horas, ministrados por qualquer pessoa. Esses cursos prometem que as pessoas sairão de lá como um coach, mas não estarão suficientemente preparadas", alerta a especialista. Os pré-requisitos para ter credibilidade como coach são um excelente currículo e fazer parte da Abracem e da WABC. Para se credenciar, é necessário comprovar os últimos cinco anos de atividade profissional e pós-graduação nas áreas de gestão e RH.

NOVOS DESAFIOS
Quem também mudou de vida a partir do coaching foi Rogério Goulart, ex-CEO da área de Tecnologia e atualmente gerente de Projetos de uma das maiores operadoras de plano de saúde do país. Tudo começou quando a empresa decidiu fazer uma pesquisa de clima organizacional e a avaliação de Goulart não foi das mais positivas.

"Por ser perfeccionista, cobrava resultados das pessoas, deixando o aspecto humano de lado", reconhece. Na época, o diagnóstico minou sua auto-confiança. Da área de Tecnologia, onde comandava 40 colaboradores, migrou para outro setor. "A sensação que tive foi a de que meu castelo havia ruído. Estava sozinho numa nova área e, no plano pessoal, em

processo de separação da minha esposa." Há 14 anos na empresa, o gerente não esperava passar por uma mudança tão brusca. "Naquele momento, fiquei cheio de dúvidas". A alta direção da empresa ofereceu a ele a oportunidade do coaching, " pois acreditava que seu potencial como gestor poderia ser melhor aproveitado. Num primeiro momento, ele viu a sugestão com ceticismo.

"A sensação era de que eu não precisava mudar nada. Tinha uma equipe com 40 pessoas e achava que tudo estava muito bem". Superada a resistência inicial e após a primeira conversa com o coach, Goulart passou a enxergar a experiência como uma possibilidade de corrigir seu comportamento. Ao todo foram oito sessões, realizadas a cada quinze dias, com conversas e situações práticas simuladas no dia-a-dia do próprio trabalho.

"Existe um pacto de confiança, como se fosse uma relação entre médico e paciente", compara. Com essa relação, ele aprendeu a manter o autocontrole em situações adversas. O coaching também aguçou sua autocrítica e elevou a qualidade do relacionamento com os colaboradores.

Atualmente, Goulart se considera um vencedor. Está conduzindo uma nova equipe, formada por dez pessoas. "Era um profissional arrogante, prepotente. Hoje, o meu processo de gestão é participativo. Para tomar uma decisão, ouço mais as pessoas."

VALE QUANTO PESA?
A duração do processo de coaching varia muito. Existem casos em que pode chegar a um ano. Mas o comum é de duas a 12 sessões com até 2 horas cada uma. O tempo médio mundial de atendimento pode chegar a três meses, com encontros presenciais ou por telefone. No Brasil, a maior parte das sessões é realizada pessoalmente. Quem se propuser a contratar o serviço, vai ter que colocar a mão no bolso. Os valores são salgados e oscilam com a demanda e o posto do executivo. Em São Paulo, cidade na qual se concentra a maior parte desses "conselheiros", o preço médio vai de R$ 150 a R$ 700 a hora.

Fonte: Revista Vida Executiva


DESAFIOS GLOBAIS

Relatório do BCG revela os principais desafios das empresas

Estudo realizada pelo The Boston Consulting Group (BCG) com 178 executivos brasileiros, em parceria com a ABRH, revelou que a gestão dos talentos ainda é o maior desafio do RH. O relatório, apresentado aos congressistas do Conarh durante a palestra Vantagem através de pessoas: desafios de RH até 2015, foi realizado também com executivos de RH e de outras áreas em mais 82 países e visou traçar e identificar os desafios e as prioridades da gestão de pessoas até 2015.

"Os três maiores desafios globais são os mesmos, tanto para os executivos de RH como para os de outras áreas: atrair, gerenciar e reter talentos internamente; equilibrar a vida pessoal com a vida profissional e desenvolver e aperfeiçoar as lideranças", explica Christian Orgimeister, executivo do BCG que apresentou a palestra. Para Christian, outro ponto que chamou atenção no relatório é que mais de dois terços dos executivos brasileiros vislumbam que suas companhias vão recompensar as boas performances em 2015, ou seja, a remuneração variável tende a ser uma prática comum, sobretudo, para as posições não-gerenciais", explica.

No Brasil, além dos 178 executivos, entre presidentes, diretores e gerentes executivos que responderam à pesquisa, o BCG realizou 10 entrevistas pessoais. Os tópicos mais importantes do relatório final, realizado em conjunto com a World Federation of Personnel Management Associations (WFPMA) em 83 países e com 4.741 respostas, estão classificados em quatro vertentes: Crescimento e Competição Global, Modificações Ambientais, Desempenho da Empresa e Adaptação e Melhoria no RH.

Fonte: Revista Melhor

PARA TER SUCESSO

Sociedade do Conhecimento precisa combinar flexibilidade empresarial com segurança do capital humano

Com índices de satisfação e bem-estar altos, países europeus como Dinamarca, Finlândia e Irlanda obedecem a um modelo de desenvolvimento que se baseia em três princípios: competição, solidariedade e diálogo social. E esse diálogo social significa uma tomada de decisões conjunta entre empregadores e sindicatos.

Para Timo Kauppinen, diretor da Fundação Européia para a Melhoria das Condições de Vida e Trabalho, que apresentou ao lado do professor da USP, José Pastore, a palestra O novo mundo das relações de trabalho, a economia mundial está toda voltada para o conhecimento. Por isso, ter uma rede de relacionamentos diversa e possuir capacidade de trabalhar em equipe e boa educação, são imprescindíveis para obter sucesso no futuro.

No contraponto da experiência européia, onde os sindicatos e o número de sindicalizados estão em queda livre, na França, por exemplo, apenas 8% dos empregados são sindicalizados. Segundo o professor da USP, José Pastore, a realidade brasileira é muito diferente. "Por aqui, principalmente nos últimos cinco anos, não só o número de sindicatos cresceu, como a contribuição a eles é compulsória, ou seja, obrigatória", completa.

Para Kauppinen, a Sociedade do Conhecimento exige uma combinação entre a flexibilidade das empresas e segurança do capital humano. Ele define isso como flexisegurança, o que na Europa, onde 15 países garantem essa política, significa alto nível de benefício durante o desemprego, políticas ativas de mercado como investimentos em treinamentos, e a não exclusão do Sistema Social. Há países como a Dinamarca, que pagam 90% do salário no desemprego.

Em contraponto, Pastore questionou se a flexisegurança não seria viável apenas para os países ricos, o que não é o caso do Brasil, e recomendou que por aqui, os executivos retirem da gaveta seus velhos livros de relações trabalhistas, já que nossas leis pouco se modernizaram.

Fonte: Revista Melhor

Cultura

O ídolo não é de verdade

Arrojado. É esse o melhor adjetivo para descrever Kosaku Shima. Executivo japonês no comando do Hatsushiba Goyo, um dos maiores conglomerados do Japão, ele corre riscos para levar à frente seu negócio, assume a culpa por erros cometidos ao longo do caminho, é centrado em meritocracia e — diferentemente da imagem que temos dos orientais — estimula mudanças. Tais características explicam por que Shima é um dos homens de negócio mais admirados entre os profissionais japoneses, que acompanham com lupa, há mais de 20 anos, sua ascensão no grupo — de simples funcionário a presidente. O curioso, porém, é que Shima não é um homem de verdade, mas o protagonista de um mangá, tradicional história em quadrinhos japonesa. E sua saga faz tanto sucesso porque ele representa tudo o que os executivos do país não são, mas gostariam de ser (mais ou menos como o brasileiro Carlos Ghosn, que ao presidir a montadora Nissan também se tornou protagonista de uma história em quadrinhos japonesa). Para especialistas, porém, a popularidade do gibi é um sinal claro de que eles gostariam de mudar — só não têm coragem.

Fonte: Revista Exame


Procuram-se executivos

Empresas de terceirização de serviços contratam gestores com perfil analítico para suprir aumento da demanda

Por Érica Polo

A terceirização de serviços de TI ainda está no topo do mercado de BPO

No começo, a sigla BPO era um jargão da área de TI. Hoje, ela faz parte do vocabulário de executivos de diversas áreas. BPO, ou Business Process Outsourcing, é o processo pelo qual a empresa terceiriza uma atividade para focar em operações que são fundamentais para o negócio.

A opção de muitas companhias por essa terceirização vem criando um mercado para outras que se dedicam à logística, tecnologia da informação, recursos humanos e contabilidade.

No Brasil, esse mercado deve movimentar 8 bilhões de reais até o fim do ano. Aqui, a terceirização cresce acima da média mundial e a expectativa dos analistas é que esse segmento fature 27% a mais do que no ano passado. No resto do mundo, as instituições que oferecem serviços de terceirização devem registrar faturamento 12% acima do obtido em 2007.

Com o crescimento do setor veio a necessidade de profissionalização e investimento na gestão. A demanda por diretores e gerentes para trabalhar em empresas de terceirização cresceu 30%. As oportunidades são para profissionais com experiência em implantação dos projetos ou na área comercial. “É preciso ter ótima visão de processos e conhecimento de metodologias e práticas de otimização de custos”, diz Ricardo Basaglia, gerente da divisão de tecnologia da Michael Page, consultoria de busca de executivos, com escritório em São Paulo.

A TCI, empresa que faz terceirização de processos de tecnologia, com sede em São Paulo, pretende aumentar em 50% o quadro de funcionários ainda este ano e precisa de pelo menos 20 gestores para atuar em seus clientes, sendo quatro diretores de negócios e 16 gerentes. Para esses cargos, a remuneração fixa varia entre 5 000 reais e 15 000 reais mensais.

Leovigildo Coelho, de 30 anos, diretor de projetos e inovação da TCI, investe em educação para crescer na carreira. “Não há formação específica, por isso é importante procurar cursos complementares”, diz. Em março, ele obteve o certificado internacional para profissionais que prestam serviço de terceirização pela IAOP, entidade americana que regulamenta o setor.

TI É CARRO-CHEFE
O carro-chefe da terceirização ainda é a área de TI. “Tecnologia tem custo elevado e precisa de atualização”, diz Simone Scur, diretora de recursos humanos da Arias, de São Paulo. Segundo ela, 80% das empresas que procuram a Arias chegam com a necessidade de contratar serviços desse tipo. A empresa está buscando 23 pessoas neste ano para cargos de gestão.

Em qualquer área, perfil comportamental é determinante para a contratação. Flexibilidade para tratar com mais de um tipo de ambiente corporativo ao mesmo tempo e tolerância para lidar com equipes multidisciplinares são fundamentais. “O perfil é muito mais consultivo. As empresas de BPO fazem uma análise crítica dos processos internos para propor um modelo de negócio aos seus clientes”, diz Fábio Fischer, CEO da TCI.

Fonte: Revista Exame

terça-feira, 19 de agosto de 2008

OS 5%

Este é um dos textos mais impactantes que li, pois este nos "provoca " o pensamento que somos responsáveis pelo nosso futuro, que nossas ações de ontem....... tem conseqüência no aqui e agora......por isso direcionem suas ações para fazerem parte dos 5%!!!

A MAIOR BRONCA QUE JÁ LEVEI !!!

Tínhamos uma aula de Fisiologia na faculdade de medicina, logo após a semana da Pátria.

Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral.

Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que minha turma correspondeu? Que nada.

Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei.

Veja o que ele disse:

“Prestem atenção porquê eu vou falar isso uma única vez”, disse, levantando a voz e um silêncio carregado de culpa se instalou em todo a sala e o professor continuou.

Desde que comecei a lecionar, isso já faz muitos anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que cada cem alunos, apenas

cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.

O interessante é que esta porcentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção notarão que 100 professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de 100 garçons,

apenas cinco são excelentes; de 100 motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiramente profissionais; e podemos generalizar ainda mais; de 100 pessoas, apensa cinco são verdadeiramente especiais.

É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo sabendo ter investido nos melhores. Mas, infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos.

Só o tempo é capaz de mostrar isso.

Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto.

Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá.

“Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje”.

Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso.

Alias, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas

de Fisiologia durante todo o semestre; afinal quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto?

Hoje não me lembro muita coisa das aulas de Fisiologia,mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida.

De fato, percebi que ele tinha razão e, desde então,tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo pertencemos.Contudo, uma coisa é certa; se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.

Marcio Costa

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A nova cara da empresa global

Fonte: Revista Exame online 07.08.2008
A indiana Indra Nooyi personifica a reação das grandes multinacionais à mudança do centro de poder mundial. Para ganhar espaço nos mercados que mais crescem no mundo, essas
companhias precisam entender a dinâmica de países emergentes, como Brasil e Índia.
Por Cristiane Mano, de Nova York

Uma porção de batatas fritas. Uma lata de refrigerante. Quantos produtos além desses identificam de maneira tão simples e imediata o estilo de vida americano que se espalhou pelo mundo ao longo do último século? Sob esse aspecto, a Pepsico, dona de marcas como Ruffles e Pepsi, representa uma espécie de quintessência dos hábitos do país. Assim como na esmagadora maioria de outras corporações gigantes baseadas nos Estados Unidos, o perfil dos executivos que estiveram à frente da companhia até pouco tempo atrás segue uma linhagem tão americana quanto seus produtos mais conhecidos. Homem, branco, nascido e criado no país. A descrição se encaixa em cada um dos quatro primeiros executivos que presidiram a Pepsico desde sua formação, em 1965, da fusão da fabricante de salgadinhos Frito Lay com a empresa de bebidas Pepsi-Cola. Aos 86 anos, Donald Kendall, o primeiro desses presidentes, ainda circula todos os dias pelos corredores do escritório da sede da Pepsico em Purchase, um vilarejo a cerca de 30 minutos do centro de Manhattan. Kendall, um dos idealizadores do negócio que deu origem à Pepsico, ocupa uma das maiores salas do 3o andar de um dos seis prédios que compõem o complexo da sede da companhia. É preciso caminhar um pouco mais pelo corredor para encontrar a ampla sala em que trabalha a única exceção nessa linhagem sucessória da Pepsico — a indiana Indra Nooyi. Em outubro de 2006, ela se tornou a primeira mulher e — mais importante — a primeira executiva nascida fora dos Estados Unidos a comandar a empresa, uma potência com vendas de 39 bilhões de dólares no ano passado, operações em 200 países e valor de mercado de mais de 100 bilhões de dólares.

Aos 52 anos, Indra é, de vários ângulos, uma exceção não apenas na casta de presidentes da Pepsico como também no universo empresarial americano. O motivo mais óbvio está em sua origem. Filha de um contador e de uma dona-de-casa, ela nasceu e cresceu em Chennai (antiga Madras), na Índia. Graduada em química, com especialização em administração pelo Indian Institute Management, mudou-se para os Estados Unidos em 1978 para cursar MBA em Yale. Indra hoje compõe o restrito time de 15 executivos à frente de uma das 100 maiores empresas americanas que não nasceram nos Estados Unidos. Entre eles estão o australiano Andrew Liveris, presidente da Dow Chemical, e o também indiano Vikram Pandit, presidente do Citigroup nomeado em dezembro de 2007. Carismática e informal, ela desenvolveu um estilo de liderança peculiar. Casada e mãe de duas adolescentes, costuma organizar jantares em sua casa para receber os executivos da empresa (com seus cônjuges). Nas festas da Pepsico assume o comando do karaokê e solta a voz — o repertório vai de músicas caribenhas a clássicos do rock. “Nunca imaginei chegar até aqui”, disse ela a EXAME, num inglês ainda marcado pelo sotaque indiano.

Indra não se destaca simplesmente por ser uma espécie de antípoda de seus antecessores — e da maior parte dos executivos de grandes empresas. Ela vem se tornando a própria personificação de um fenômeno novo: a transferência de poder econômico dos tradicionais centros mundiais para países emergentes. Há poucas semanas, Indra fez circular entre os executivos da Pepsico o livro The Post-American World (algo como “O mundo pós-americano”), de seu amigo e jornalista indiano Fareed Zakaria, colaborador da revista Newsweek. O livro discute, nas próprias palavras de Zakaria, “a ascensão do resto do mundo”. (O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos Barack Obama foi fotografado em maio com uma cópia do livro.) A distribuição de The Post-American World não é uma provocação, mas um alerta: a inércia pode matar as empresas que não entenderem essa nova ordem mundial. “Indra está redefinindo o que uma empresa global deve ser”, diz o indiano Vijay Govindarajan, professor de negócios internacionais da Universidade de Tuck e diretor do centro de liderança global da universidade. Nos últimos dois anos, ela foi considerada pela revista americana Fortune a executiva mais poderosa do mundo. Foi também apontada como uma das 100 personalidades mais influentes da atualidade pela semanal Time (a executiva aparece na 78a posição, à frente de gente como Steve Jobs, fundador da Apple, e Jeff Immelt, presidente mundial da GE). Listas desse tipo não querem dizer muita coisa. Outras mulheres de negócios entraram e saíram delas — e a saída quase sempre tem a ver com tropeços memoráveis em suas trajetórias. O importante, no caso de Indra, é menos sua biografia até aqui e mais suas idéias para o futuro.

Indra Nooyi
Presidente mundial da Pepsico

Idade
52 anos
Origem
Chennai (antiga Madras), Índia
Formação acadêmica
Graduou-se em química e cursou especialização em administração na Índia. Em 1978, ingressou numa turma de MBA em Yale, nos Estados Unidos
Trajetória profissional
Passou pelo Boston Consulting Group, pela Motorola e pela ABB. Há 14 anos na Pepsico, era a principal executiva de finanças antes de se tornar presidente, no final de 2006

Um dos principais motivos pelos quais ela se tornou uma celebridade no mundo dos negócios é o sucesso com que vem conduzindo os planos de expansão global da Pepsico. Assim que assumiu o comando da empresa, Indra começou a redesenhar a maneira como as decisões estratégicas são tomadas — incluindo cada vez mais executivos ao redor do mundo (veja quadro acima). Ela também passou a incentivar a criação e aquisição de marcas locais e o intercâmbio de informações entre todas as suas operações globais. Com essas medidas, em apenas dois anos a Pepsico mudou a composição de seu faturamento — e a participação das subsidiárias nas vendas aumentou 10 pontos percentuais (veja quadro na pág. 23). Num momento em que empresas brasileiras começam a trilhar o caminho da globalização, olhar o que Indra vem fazendo na Pepsico pode ser didático. Para as companhias nacionais que pretendem ficar por aqui, seus movimentos servem de alerta. Cada vez mais multinacionais como a Pepsico se voltarão para o lado do mundo que cresce com mais velocidade — e isso, claramente, inclui o Brasil. Para as grandes corporações internacionais de bens de consumo, reagir às mudanças provocadas pelo avanço dos países emergentes não é propriamente uma opção. É uma necessidade. A atual fragilidade da economia americana torna a situação ainda mais incômoda para as corporações sediadas nos Estados Unidos. De líderes históricas, muitas dessas empresas passaram a alvo de aquisição de emergentes. O exemplo mais contundente do declínio da hegemonia americana é a recém-concluída compra da cervejaria Anheuser-Busch pela InBev, engendrada pelo trio de empresários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

O poder emergente

Algumas das principais mudanças que Indra Nooyi está fazendo...
Aposta em produtos locais
Reforçou a estratégia de criação de marcas locais e a troca de experiências entre os 200 países em que atua. Um exemplo disso é o refrigerante com menos gás H2OH!, criado por um brasileiro em 2006 e que agora está presente em 15 países — entre os quais Irlanda e Vietnã
Compras em emergentes
Em 2007, investiu 1,7 bilhão de dólares em aquisições, sobretudo em países emergentes, como da marca de salgadinhos Lucky, no Brasil, e da fabricante de sucos Lebedyansky, na Rússia. As vendas da Pepsico fora dos Estados Unidos cresceram 25% no ano passado — ante um aumento de cerca de 5% no mercado americano
Mais países ajudam a decidir
Ampliou de 10 para 29 o número de profi ssionais de seu comitê executivo. Entre os novos integrantes estão representantes de regiões como Ásia e América Latina. Eles agora discutem o rumo estratégico de toda a companhia. Em setembro, pela primeira vez na história da Pepsico, uma reunião do comitê acontecerá fora dos Estados Unidos, na Índia
...e como seu esforço de expansão global aumentou a participação dos negócios internacionais nos resultados financeiros da Pepsico
Faturamento
2005
32,5 bilhões de dólares
72% Estados Unidos
28% Subsidiárias
2007
39,5 bilhões de dólares

62%

Estados Unidos
38% Subsidiárias
Lucro operacional
2005
6,7 bilhões de dólares
76% Estados Unidos
24% Subsidiárias
2007
7,9 bilhões de dólares
74% Estados Unidos
26% Subsidiárias
Fonte: empresa

Devido ao perigo iminente, outras grandes multinacionais, além da Pepsico, começam a se reinventar, tentando entender para onde vai o mercado. É o caso da anglo-holandesa Unilever, com vendas de 59 bilhões de dólares em 2007. Nenhum dos três favoritos para suceder o atual presidente mundial da companhia, o francês Patrick Cescau, é europeu. O mais cotado é o indiano Manvinder Singh Banga, atual diretor da unidade de produtos de limpeza nos Estados Unidos. Os outros candidatos são o indiano Harish Manwani, responsável pelas operações da Unilever na Índia, e Doug Baillie, presidente para a Europa Ocidental. Nascido no Zimbábue, Baillie foi o presidente da operação indiana de 2006 até o início deste ano. A consultoria de contratação de altos executivos Egon Zehnder deverá definir o nome do sucessor no ano que vem. Todos os candidatos apontados recentemente numa reportagem do Wall Street Journal têm em comum algo valioso para os resultados financeiros da Unilever: a experiência em mercados emergentes. Em países como Índia e China, os gastos com bens de consumo estão crescendo rapidamente e neles a concorrente Procter & Gamble ainda não é tão forte como nos Estados Unidos. Como que simbolizando o fim de uma era, desde o início deste ano não há nenhum inglês ou holandês no comitê executivo da Unilever.

Eles também estão olhando para fora

Como algumas das mais tradicionais empresas americanas estão adaptando sua própria organização ao mercado global
Jeff Immelt
Presidente mundial da General Electric
A companhia centenária vive um momento histórico. Pela primeira vez, mais da metade das vendas de 172 bilhões de dólares em 2007 veio de fora de seu país de origem. Na última década, a GE abriu seus primeiros três centros de pesquisa fora dos Estados Unidos — na Índia, na China e na Alemanha. Recentemente, iniciou estudos para replicar o reverenciado centro de treinamento de Crotonville em países como a China

A busca por executivos com experiência internacional, aliás, está se tornando obsessão. Em 2003, 26% dos presidentes das 500 maiores empresas americanas tinham experiência internacional. Hoje, 34% já passaram por algum país além de seu próprio de origem. “Os critérios para a escolha de lideranças mudaram dramaticamente na última década”, diz Elisabeth Marx, sócia do escritório londrino da empresa de contratação de altos executivos Heidrick & Struggles. “Hoje não há substituto para a experiência global.” Segundo pesquisa da consultoria McKinsey no início deste ano, há uma correlação direta entre melhores resultados financeiros e o incentivo ao intercâmbio global de lideranças. A pesquisa considerou 22 das mais conhecidas multinacionais do mundo e entrevistou 450 executivos, entre presidentes e diretores de diversas áreas. O resultado indica que as empresas mais hábeis na gestão global de seus talentos, e que adotam medidas como incentivar os profissionais a ter experiências em diversos países, estão em geral no terço da amostra com melhor resultado financeiro (veja quadro abaixo).

Sam Palmisano
Presidente mundial da IBM
Ao longo dos últimos cinco anos, a companhia modifi cou sua estrutura de negócios pelo mundo. Hoje, a IBM possui três centros de compras para todas as suas operações mundiais — uma delas na China. A empresa também criou quatro grandes centros de prestação mundial de serviços em países como Índia e Brasil. Em 2007, 63% das vendas de 100 bilhões de dólares da IBM vieram de fora dos Estados Unidos

A preocupação em aumentar a diversidade dos profissionais, em alguns casos, se estende aos conselhos de administração. A centenária ADM, por exemplo, contratou os primeiros conselheiros não-americanos há cerca de dois anos. Um deles é o brasileiro Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano Papel e Celulose. A lógica é incorporar visões de mundo diferentes ao definir o próprio futuro nos vários mercados em que a companhia faz negócios. As reuniões do conselho historicamente sempre ocorreram nos Estados Unidos. Em fevereiro de 2007, essa tradição se quebrou. A primeira das cerca de cinco reuniões de conselho que a empresa promove todos os anos foi em São Paulo — o grupo visitou ainda os estados de Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. Metade dos conselheiros nunca havia estado no país, embora o Brasil seja hoje o principal alvo de novos negócios da ADM. Outras empresas, como a também centenária GE, buscam conhecimento em países emergentes em vez de apenas enviar a experiência acumulada da matriz. Na última década, a companhia abriu seus primeiros três centros de pesquisa fora dos Estados Unidos — na Índia, na China e na Alemanha. Atualmente, existem estudos para replicar o reverenciado centro de treinamento em Crotonville em países como a China. A GE vive hoje um momento histórico. Pela primeira vez, mais da metade das vendas de 172 bilhões de dólares em 2007 veio de fora dos Estados Unidos.

Patricia Woertz
Presidente mundial da ADM

A ADM, líder na produção de etanol nos Estados Unidos, contratou pela primeira vez, há dois anos, conselheiros estrangeiros — como o brasileiro Antonio Maciel Neto. A gigante também mudou a rotina de encontros do conselho, tradicionalmente realizados em seu país de origem. Em fevereiro de 2007, a companhia decidiu reunir os conselheiros no Brasil — um de seus principais alvos para novos negócios

Uma das definições mais eloqüentes do que representa a nova empresa global é de Sam Palmisano, presidente mundial da IBM. Há pouco mais de um ano, ele decretou o fim das multinacionais e o início de um novo padrão de empresas globais num artigo publicado no influente jornal inglês Financial Times. Segundo Palmisano, as primeiras multinacionais nasceram no século 19, quando as empresas começaram a montar escritórios de venda em outros países. Mais tarde, essas companhias criaram uma espécie de miniatura de suas matrizes em cada país. Para Palmisano, o momento atual exige a realocação das etapas de negócios onde elas são realizadas de modo mais eficiente, sem considerar fronteiras geográficas. Hoje, a IBM possui três centros de compras para todas as suas operações mundiais — e não mais uma por país. A empresa também criou quatro grandes centros de prestação mundial de serviços em países como Índia e Brasil. Em junho de 2006, numa atitude simbólica, Palmisano realizou sua primeira reunião anual com investidores fora dos Estados Unidos, no Palácio Bangalore, uma casa de eventos que pretende ser uma réplica do Castelo de Windsor, numa região conhecida como o Vale do Silício indiano. Seu objetivo era impressionar cerca de 50 investidores e analistas de Wall Street. A reunião teve direito até à recepção de uma estrela de Bollywood vestida num sari vermelho. “A companhia globalmente integrada é melhor e mais rentável — e pode trazer benefícios econômicos tanto para os países desenvolvidos como para os emergentes”, escreveu Palmisano.

Líderes cada vez mais globais
O percentual de presidentes de empresas das 500 maiores companhias americanas com experiência internacional aumentou nos últimos cinco anos
26% em 2003
34% em 2008
Levantamento recente realizado pela consultoria McKinsey com 450 executivos de grandes empresas americanas mostra que as mais bem-sucedidas possuem uma estratégia global mais consistente
Os principais executivos encorajam as pessoas a ter experiência em vários negócios e países da organização
Empresas que seguem a prática no terço da amostra que apresentou os melhores resultados financeiros 79%
Empresas que seguem a prática no terço da amostra que apresentou os piores resultados financeiros 57%
Experiência internacional é pré-requisito para promoção a níveis mais altos na organização
Empresas que seguem a prática no terço da amostra que apresentou os melhores resultados financeiros 45%
Empresas que seguem a prática no terço da amostra que apresentou os piores resultados financeiros 25%
Os executivos são incentivados a “ceder” seus melhores talentos a outras divisões de negócios em outros países
Empresas que seguem a prática no terço da amostra que apresentou os melhores resultados financeiros 45%
Empresas que seguem a prática no terço da amostra que apresentou os piores resultados financeiros 25%
Fontes: Spencer Stuart e McKinsey

No caso de Indra, acelerar a expansão global da Pepsico é parte de um compromisso assumido em meados dos anos 90. Na época, ela havia sido contratada como diretora da área de fusões e aquisições pelo então presidente da companhia, Roger Enrico, após uma carreira em empresas como Motorola, ABB e a consultoria Boston Consulting Group. Enrico pediu a Indra que elaborasse a estratégia do que deveria ser a corporação do século 21. Naquela fase, a Pepsico perdia de maneira retumbante a corrida global para a Coca-Cola. Enquanto cerca de 30% das vendas da Pepsi vinham de outros países, mais de 70% das vendas da concorrente vinham de fora dos Estados Unidos. Em razão da crescente rejeição a refrigerantes e frituras no mundo todo, a primeira decisão de Indra foi mudar o portfólio da companhia. A executiva vendeu a divisão de restaurantes, com marcas como Pizza Hut, Taco Bell e KFC. Na seqüência, comprou por 14 bilhões de dólares a Quaker (dona das marcas Toddy e Gatorade) e por 3,3 bilhões a fabricante de sucos Tropicana. “Fiquei dias sem ir para casa. Tomava banho na academia da empresa e dormia no escritório”, diz ela, confessando seu lado workaholic.

Recentemente, a Pepsico passou a adquirir empresas fora dos Estados Unidos. Só no ano passado, investiu 1,7 bilhão de dólares em aquisições. Boa parte desse volume foi dedicada a mercados emergentes, como a compra da maior fabricante de sucos da Rússia, a Lebedyansky, e a fabricante de salgadinhos brasileira Lucky, dona das marcas Torcida e Fofura. “Já estamos com pelo menos mais quatro negócios sendo analisados no país e um deles deve ser fechado ainda neste ano”, diz o paulista Otto von Sothen, presidente da divisão de alimentos da Pepsico no Brasil. “A Pepsico tem se mostrado uma eficiente compradora de negócios ao redor do mundo, o que está transformando seu negócio global e fazendo com que suas vendas aumentem com consistência”, diz o analista especializado em bens de consumo Marc Greenberg, da filial do Deutsche Bank em Nova York.

Dentro da definição da corporação do século 21 criada por Indra, existe cada vez mais autonomia tanto para comprar como para lançar produtos localmente. Seu objetivo é fazer com que essas iniciativas locais sejam partilhadas com o resto do mundo — algo que Indra batizou de autonomia conectada. Agora não apenas as subsidiárias se curvam diante da matriz todo-poderosa, mas o contrário também começa a acontecer. Na nova lógica da Pepsico, as experiências de uma fabricante como a brasileira Lucky pode se revelar atraente também para a própria matriz — ou pelo menos seu modelo de negócios pode ser replicado em outras partes do mundo. No começo deste ano, um grupo de americanos esteve no Brasil para conhecer a peculiar estrutura comercial e logística da Lucky — na qual não existe um único vendedor. Em vez de uma força de vendas, a empresa possui apenas um sistema de recebimento de pedidos por e-mail ou telefone, localizado em sua sede, em São Paulo. Sem os altos investimentos para colocar uma equipe comercial na rua, a Lucky consegue manter preços baixos para os clientes — o que garante a fidelidade. “Estamos estudando profundamente esse modelo para avaliar a possibilidade de replicá-lo em outros países”, diz o americano John Compton, diretor da divisão de alimentos para as Américas.

A nova ordem da globalização da Pepsico já fez com que uma marca lançada no Brasil no final de 2006 — a H2OH! — hoje esteja à venda em 15 países, como Irlanda e Vietnã. O carioca Carlos Ricardo, de 45 anos, coordenou o lançamento do produto desde sua concepção enquanto estava à frente da diretoria de marketing da empresa na matriz, em Nova York. Hoje, a marca lidera uma nova categoria de produtos inaugurada por ela mesma — a de bebidas doces com menos gás. A Coca-Cola logo lançou a Aquarius para fazer frente ao lançamento da concorrente. “Viramos referência para outros lugares do mundo”, diz Vasco Luce, presidente da divisão de bebidas da Pepsico no Brasil. Hoje, como vice-presidente de marketing da área de alimentos da Pepsico no Brasil, Carlos Ricardo criou um salgadinho à base de legumes brasileiros, como inhame e mandioca, com a marca Raízes do Brasil. É uma tentativa de fazer crescer as vendas no país com marcas locais, já que a global Lays, de batata frita, não decolou por aqui. (Por causa de um incêndio na fábrica de Curitiba em dezembro, a produção da linha Raízes do Brasil foi interrompida e só deve ser retomada no final deste ano.)

A nova empresa global de Indra está longe de ser uma obra acabada. Neste ano, para ampliar o fluxo de informação e conhecimento das subsidiárias para a matriz, ela aumentou o número de profissionais de seu comitê executivo de dez para 29. “A única razão para isso é elevar a qualidade da discussão”, diz ela. Um dos novos integrantes é o suíço Olivier Weber, diretor da Pepsico para a América Latina e ex-presidente da operação brasileira. O grupo já se encontrou duas vezes neste ano em Nova York. O terceiro encontro, agendado para setembro, será pela primeira vez fora dos Estados Unidos. O local escolhido foi Nova Délhi, na Índia. “Além da reunião, teremos uma agenda de visitas a varejistas e fábricas locais”, diz Weber. Ao escolher Nova Délhi, Indra quis mandar uma mensagem enfática a seu pessoal: a fórmula que deu certo no passado não funcionará mais daqui para a frente. “Ainda hoje, quando boa parte dos executivos que fizeram carreira em países estáveis fala em mercados globais, está se referindo a Paris, Genebra e Londres”, diz ela. “É preciso mudar rapidamente essa visão para realmente construir uma empresa global.”

sábado, 9 de agosto de 2008

Entrevista Virtual

Fonte: Revista Você S/A Online
Faça uma simulação de como seria sua entrevista de emprego. Você tem tempo para pensar na resposta e consegue ver matérias relacionadas a cada questão

clique aqui e boa sorte!


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

MANUAL DO PROJETO INTEGRADOR

Já esta disponível em seu quadro de avisos o MANUAL DO PROJETO INTEGRADOR, leia-o com atenção para não reclamar depois.

O arquivo em pdf também esta disponível em nosso ARQUIVO PARA DOWNLOADS>MATERIAL DE APOIO.

DESENVOLVIMENTO E PROJETO

Para quem faltou ontém achando que teria a maior festa, dançou..rsrs literalmente, mas não será o fim do mundo.

Agora para os alunos da sala 21n. Ontém foi aula de Desenvolvimento e Projeto com a Professora Valéria.

Resumo da aula:

Projeto Integrador não será mais uma atividade dentro de uma disciplina, agora ele próprio é a disciplina.
Como serão dadas as notas:
1-Portfólio 1
2-Portfólio 2
3-Nota do Professor

4-Projeto Integrador -->Esta nota será da seguinte forma: Nota da Apresentação 2 cobrirá a nota da apresentação 1, levando em conta que a seguinte divisão: 70% equivale ao trabalho escrito e 30% apresentação-" esta avaliação é individual".
5-Provão

Dúvidas sobre o assunto entre em contato com a Professora.

Agência de Empregos

Galera temos na sala 21 a colega Daniela Dias Rodrigues, que trabalha em uma Agência de Empregos e pode ajudar você!!

Envie o seu currículo para rodrigues-dias@hotmail.com

Boa Sorte!!

Link relacionado

Como fazer o seu currículo

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Estratérgia de Mercado

Na segunda-feira foi aula de estratégia de Mercado com o Prof° Alexandre Rodrigues, para quem perdeu vai um resumo da aula.

Foi discutido como o marketing esta presente em nossas vidas.

O que é marketing?

As diferenças de marketing, propaganda, publicidade e relações públicas.



No fim da aula o Prof° Alexandre recolheu os e-mails de todos presentes, para formar o que ele chama de Programa de Fidelidade, uma forma de manter os alunos ativos, cada participante deverá levar no dia que quiser uma reportagem, matéria que destaque o bom marketing ou uma boa administração.

Também foi falado sobre alguns sites que falam de marketing, segue os links.
http://adnews.com.br/
http://hsm.com.br/
http://mmmkt.com.br/
http://endeavor.org.br/

Veja ao lado os vídeos assistido em sala " Programa do Jô - Entrevistado Waldez Ludwig

Audiolivro Referenciais Educacionais do Sebrae